Neste domingo, dia 5 de maio, a cidade de Pedras de Fogo celebra um marco significativo: seus 71 anos de emancipação política. Mas antes de ser um município independente, esta região possui uma história rica e diversificada, marcada por influências indígenas, religiosas e econômicas.
Pedras de Fogo, situada no Litoral Sul do estado da Paraíba, teve suas origens entrelaçadas com as nações indígenas Tabajara e Potiguara, que inicialmente habitavam a região. Sua fundação, juntamente com a cidade vizinha de Itambé, remonta ao século XVII, quando terras onde hoje encontram-se os municípios foram doadas pelo Capitão André Vidal de Negreiros.
Ao longo dos anos, Pedras de Fogo prosperou como um importante centro comercial e agrícola, alcançando o status de vila em 1860, quando se desmembrou do município de Pilar. Em 1953, o município conquistou sua independência política, marcando o início de uma nova fase de desenvolvimento e modernização.
Hoje, com uma população de aproximadamente 30 mil habitantes, Pedras de Fogo se destaca como o maior produtor de abacaxi do Nordeste e o segundo maior do país. Além disso, é o berço do Bispo Católico Dom Vital, figura proeminente na Questão Religiosa que abalou o Brasil no século XIX. Dom Vital está em processo de beatificação e pode se tornar o primeiro santo paraibano.
O patrimônio histórico e cultural de Pedras de Fogo é preservado com orgulho pela comunidade. Destaca-se o imponente Santuário Nossa Senhora da Conceição, construído em 1865 pelo Frei Serafim de Catânea e tombado como patrimônio material, com seu estilo eclético que encanta os visitantes. Outro monumento importante é o Casarão da Cultura, um exemplar do século XIX que pertenceu à proeminente família Pereira Gomes, também tombado e testemunho vivo da história e tradição da região.
Pedras de Fogo compartilha uma peculiaridade geográfica com sua cidade vizinha, Itambé, localizada em Pernambuco. Uma linha divisória no meio das ruas separa as duas cidades, permitindo que os moradores estejam simultaneamente em dois estados ao se colocarem no limítrofe. Esse fato, além de curioso, ressalta a estreita relação entre as duas comunidades.
Com uma economia diversificada, baseada na agricultura, pecuária, comércio e agroindústria da cana-de-açúcar, Pedras de Fogo mantém uma densidade demográfica de aproximadamente 72,93 habitantes por quilômetro quadrado. Em 2021, o salário médio mensal na cidade era de 1,7 salários mínimos, enquanto o PIB per capita atingia R$ 19.452,45, destacando-se em nível estadual.
Ao celebrar seus 71 anos de emancipação política, Pedras de Fogo reafirma sua identidade única e seu compromisso com o progresso, mantendo viva sua rica herança histórica e cultural para as gerações futuras.