Presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALPB visita assentados após assassinato de camponeses

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Após o assassinato de Ana Paula Costa Silva e Aldecy Viturino Barros, assentados do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra da Paraíba (MST-PB), a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), através do presidente Chió (Rede), realizou uma visita ao Quilombo do Livramento e a 16ª Delegacia Seccional de Princesa Isabel, no Sertão da Paraíba, nesta terça-feira (21).

O intuito da visita foi o de acompanhar as denúncias do movimento e de trabalhadores rurais sobre a escalada de violência. Além de, junto a Polícia Civil, cobrar celeridade na apuração e resolução do caso.

Segundo relatos de moradores, Aldecy Viturino Barros, coordenador do assentamento, foi surpreendido pelos disparos de arma de fogo efetuados por dois homens em uma moto que o abordou no momento em que estava prestando um serviço de reparo no teto da casa do pai de Ana Paula Costa Silva, que estava no local e foi atingida por um dos disparos. Mesmo sendo socorrida a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a mulher não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Em nota, o MST-PB cobrou do Governo Federal a execução de políticas de reforma agrária, em função das tensões entre assentados e ruralistas, e justiça aos campinenses assentados.

Dotada de autonomia pelo Poder Legislativo, a Comissão rechaçou todo tipo de violência contra trabalhadores e trabalhadoras rurais e cobrou às autoridades responsáveis, uma célere elucidação dos fatos e responsabilização dos autores. Na delegacia, o deputado foi recebido pelos delegados Gutemberg e Luís.

Outra preocupação é a situação dos filhos dos camponeses assassinados. Cada um deles deixou três filhos que serão acompanhadas pelo CREAS da região. O Ministério Público Federal (MPF) também busca auxílio da Defensoria Pública da União (DPU) para estabelecer uma pensão de morte aos dependentes.

“Levarei os detalhes da visita aos companheiros parlamentares da Comissão para que possamos, junto aos órgãos responsáveis, monitorar a situação e planejar ações de auxílio para as famílias das vítimas. Essas crianças não podem ficar em situação de vulnerabilidade. Por parte da Polícia Civil, saio satisfeito com a forma como o caso vem sendo acompanhado. Confio muito que esse crime não ficará impune”, relatou o parlamentar.

Assessoria

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