Hospital Metropolitano ultrapassa a marca de 1.200 mil cirurgias cardíacas

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O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires já realizou 1.236 mil cirurgias em pacientes adultos e crianças, evitando o deslocamento dessas pessoas para fazerem tratamento fora do domicílio, até então a única alternativa para os que necessitavam ser submetidos a algum tipo de cirurgia do coração na Paraíba. O Hospital pertence à rede estadual de saúde, sendo o primeiro do estado 100% SUS habilitado para realizar o transplante de coração adulto e pediátrico.

De acordo com o diretor técnico, cirurgião cardiovascular Thiago Vila Nova, a equipe comemora não apenas a marca alcançada nesses três anos de oferta do serviço, mas também histórias de beneficiários que hoje vivem com saúde por conta do atendimento de excelência que receberam dos profissionais que atuam no complexo. “É um orgulho imenso, ainda mais por sabermos que mudamos para melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes, através de um trabalho de alto nível pela equipe profissional que atua na instituição”, frisou.

Entre os beneficiários, está a paciente Ananélia dos Santos, 56 anos, de Campina Grande, que realizou a Cirurgia de Revascularização do Miocárdio (CRM), no último dia 17. “Este hospital é uma benção, não há outra definição. A marca da cirurgia em meu peito eu chamo de marca da vida, porque anjos em forma de médicos me ajudaram a viver por mais um tempo, e tenho sido bem tratada e orientada por toda equipe. Peço a Deus que mais vidas sejam salvas aqui e outras pessoas possam viver uma nova história, como eu estou vivendo”, discorreu a paciente que evolui bem e receberá alta hospitalar nos próximos dias.

Ao contrário dos adultos, que na grande maioria das vezes necessitam de cirurgia para corrigir doenças adquiridas, as crianças que precisam se submeter a procedimentos nascem com algum tipo de cardiopatia congênita. “Já recebemos crianças recém-nascidas com poucas horas de vida e de baixo peso. Já tivemos grandes desafios para realizar o tratamento cirúrgico nesses pequenos pacientes, mas vencemos junto com eles. Nossa equipe realizou procedimentos inéditos, a exemplo de Maria Letícia, que foi diagnosticada com Atresia Tricúspide – ela só tem o lado esquerdo do coração porque a válvula tricúspide não foi formada. Após análise do seu perfil, entendemos que era necessário a realização da cirurgia de Glenn, procedimento mais complexo do que costumamos fazer no hospital. Foi a primeira vez que foi realizado, sendo uma cirurgia de muito sucesso, abrindo as portas para outros pacientes serem submetidos, se necessário, ao mesmo tratamento”, contou a coordenadora da Cardiologia Pediátrica, médica cardiologista Lara Dantas.

Com apenas 7 meses de vida, Maria Letícia tornou-se a primeira bebê cardiopata a realizar pelo SUS na Paraíba o procedimento. Para a mãe, Jaqueline Damasio, o momento foi de apreensão, mas também de fé. “A equipe médica que nos acolheu explicou para mim e meu esposo a necessidade de fazer essa cirurgia. Eu, como mãe, fiquei temerosa, pensei que ela iria ficar com sequelas, mas tive muita fé primeiramente em Deus e na equipe médica que nos passou segurança. Quase um ano depois da cirurgia, eu olho para minha filha e a vejo com qualidade de vida, graças a todos desse hospital. Eu só tenho que agradecer a todo mundo”, narrou, emocionada. Maria Letícia realizou a cirurgia de Glenn em julho de 2020, e hoje está com 1 ano e 6 meses, segue acompanhada pela equipe do Hospital.

As conquistas do Metropolitano juntam-se às histórias dos paraibanos. De acordo com o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, a unidade seguirá avançando na prestação de serviços. “Com a segunda hemodinâmica que será inaugurada dia 10 de julho, teremos o cateterismo com angioplastia e stent no paraibano e paraibana, e cirurgias cardíacas ampliadas no seu quantitativo suprindo um vazio assistencial existente na Paraíba há 50 anos, proporcionando ao usuário do SUS a integralidade, equidade e universalidade”, expressou.

Já o diretor geral da unidade, Antônio Pedrosa, destacou que o serviço de alta complexidade em Cardiologia está consolidado e os próximos desafios incluem a realização de cirurgias de transplantes de coração. “Desde a habilitação pelo Ministério da Saúde, iniciamos a preparação e capacitação com nossas equipes médica e multidisciplinar. Implantamos também um canal direto para agendamento dos candidatos ao transplante cardíaco. Pessoas que possuem diagnóstico de insuficiência cardíaca podem entrar em contato através do telefone: 83 3229-9157, e agendar a primeira consulta para o ambulatório. Seguimos confiantes que em breve estaremos realizando o primeiro transplante 100% SUS na Paraíba”, pontuou o diretor.

Atualmente, os procedimentos mais realizados no Hospital Metropolitano na área de cirurgia cardiológica em adultos são CRM, Implante de Marcapasso, Troca de Valva Mitral e Troca de Valva Aórtica, já em crianças, fechamento de CIV, Ligadura de Canal Arterial e Correção de Comunicação Interatrial (CIA).

Referência – O Hospital Metropolitano é referência em Alta Complexidade em Cardiologia na Paraíba. Atende pacientes com cardiopatias congênitas e outras patologias, sendo a maioria deles submetidos a procedimentos cirúrgicos. Conta com profissionais altamente capacitados – incluindo cirurgiões cardiovascular, arritmologistas, cardiologistas pediátricos clínicos e intensivistas em UTI – além de uma estrutura exclusiva de atendimento ambulatorial e internação.

O serviço é o primeiro do estado 100% SUS habilitado para realizar o transplante de coração, sendo o 5º hospital público do país habilitado para fazer transplante de coração pediátrico

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