Vereador acusa PMJP de não pagar prestadores de serviços da educação

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O vereador Marmuthe Cavalcanti (PSL) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na sessão desta terça-feira (2), para solicitar informações sobre o atraso de salários de profissionais prestadores de serviço da Educação do Município. O parlamentar afirmou que muitos dos professores tiveram as jornadas reduzidas de 40 para 20 horas semanais.

“Os professores e diretores de escola estão passando por momentos extremamente difíceis. Prestadores de serviço estão há dois meses sem receber salários. Vários fatores estão sendo atribuídos a esse atraso, como a pandemia. Mas no ano passado a pandemia já existia e eles não deixaram de receber”, explicou Marmuthe Cavalcanti.

Segundo o parlamentar, vários professores tiveram a jornada de trabalho reduzida. “Os professores estão recebendo por 20h, mas conheço professores que dão aula à noite, estão sempre se atualizando para adequarem-se à realidade do ensino remoto. Pedimos que a Secretaria de Educação possa, o mais urgente possível, dar atenção a esses profissionais. Não é fácil ser pai e mãe de família e ficar sem receber salário há dois meses”, apelou.

Para Marmuthe Cavalcanti, o retorno das aulas presenciais é importante para a alimentação dos alunos. “As escolas municipais são localizadas em áreas extremamente pobres. As crianças estão sem se alimentar. A realidade cruel é que as crianças vão para a escola por causa da merenda. Não existe nenhum tipo de ajuda nesse sentido”, destacou o parlamentar afirmando que ano passado havia a distribuição de refeições diárias e hoje esse apoio não é oferecido.

Marmuthe enfatizou que não faz parte da bancada de oposição. “Não estou aqui para fazer um cavalo de batalha, pelo contrário. Estou aqui com o objetivo de colaborar para que João Pessoa cresça, desenvolva-se e saia do atraso. Temos que pensar nas soluções”, afirmou.

Os vereadores Carlão Pelo Bem (Patriota) e Mikika Leitão (MDB) apartearam Marmuthe e dividiram a preocupação com a Educação municipal. “Visitamos escolas no ‘Câmara Itinerante’ e a realidade que a gente viu é tão trágica quanto a que Vossa Excelência traz agora. Quase 50% das escolas não têm condição nenhuma de receber alunos. A Educação está doente, precisamos fazer algo”, destacou Carlão Pelo Bem. “A educação é como água: é vida. Se você não tem educação, não tem saúde, não tem nada”, concluiu Mikika Leitão.

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