Lucas de Brito debate com trade turístico e PMJP ajuda para o setor

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O presidente da Frente Parlamentar de Incentivo ao Turismo da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), Lucas de Brito (PV), promoveu um encontro, na tarde desta sexta-feira (15), por meio de videoconferência, entre a Prefeitura de João Pessoa e os representantes do trade turístico da Capital paraibana. A intenção foi debater a implementação de um plano de recuperação econômica envolvendo o setor, que tem sido um dos mais afetados pelas restrições sanitárias em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Sei que a preservação da vida acaba tomando a maior parte das discussões da gestão no enfrentamento à pandemia, mas essa pauta também é importante. Agradeço a sensibilidade do secretário, que recebeu as demandas e pode debater conosco como é possível amenizar a crise para o setor produtivo, que precisa ser priorizado nas três esferas de governo”, destacou Lucas, que também integra a Frente Parlamentar de Apoio ao Empreendedorismo na CMJP.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), Breno Mesquita, as agências estão atuando em sistema de home office, e mais de 95% não estão conseguindo efetuar seus negócios. “São vendas muito pontuais, e a recuperação será de longo prazo e gradativa”, avaliou. Breno destacou que será necessário resgatar a confiança do consumidor para recuperar o ritmo de vendas registrado no final de 2019, por exemplo.

“A gente precisa que o governo nos dê o suporte, porque teremos o óbito de CNPJ’s no nosso Estado. Nem todos terão fôlego para suportar de oito a dez meses sem negócios”, avisou. O principal pedido foi para que a gestão municipal reveja a cobrança de impostos, como IPTU e ISS das empresas do setor de turismo.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Paraíba (ABIH), Rodrigo Pinto, é necessária uma abertura maior do mercado. “Quem nos consome é o mercado de fora, e o problema não é estritamente municipal ou estadual. Não é apenas uma retomada local, mas um plano de como teremos ajuda após abertura de mercado”, avaliou. Rodrigo destacou que 95% da rede hoteleira está fechada, e o lucro estaria perto de zero.

Cinco mil empregos perdidos

A mesma queixa foi apresentada pelo presidente da Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Similares, seccional Paraíba (Abrasel), Arthur Lira. Ele reforçou a situação difícil dos trabalhadores, além dos empresários. “Estamos falando de empregos, e não só de arrecadação. Vemos um número exponencial de demissões, e a cada dia elas acontecem. Já são 60 dias (de quarentena), e os setores não estão sendo escutados”, reclamou.

O presidente do Convention Bureau de João Pessoa, Marcus Abrantes, apresentou números sobre as consequências do fechamento do setor neste período de pandemia e avisou que o cenário pode piorar. “A palavra de ordem hoje é sobrevivência. Precisamos de algumas medidas que mitiguem o impacto dessa pandemia. Já tivemos cinco mil empregos perdidos. O que pedimos ao governo é que encare esse setor como de necessidade”.

Dentro do trade turístico, ainda participaram da reunião remota os representantes da ABAV e do Centro de Convenções da Paraíba, Alexandre Bronzeado e Ferdinando Lucena, respectivamente. Ambos destacaram a necessidade de providências emergenciais para o setor para voltar a movimentar a economia.

Prefeitura avalia pedidos

Representando o governo municipal, o secretário da Receita, Max Bichara, explicou que a situação dos cofres municipais demanda cautela por parte do governo, o que dificultaria a renúncia de receita. “Tivemos uma queda de 40% na arrecadação em abril. É um momento de muita cautela, cada um com suas atribuições, tendo a consciência de que cada passo dado pode determinar uma situação imprevisível para o futuro”, alertou Bichara.

Max garantiu que a gestão também está muito preocupada sobre como será a permanência de alguns segmentos após a crise e que algumas ações precisam de aprovação de lei específica. A Procuradoria do Município esteve presente no debate, por meio do procurador André Coelho, que ficou de analisar os pedidos do trade turístico.

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