Nana Caymmi defende Bolsonaro e ataca Chico, Gil e Caetano

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Nana Caymmi não lançava CD desde 2009. Ao completar 78 anos, em 29 de abril, terá realizado mais dois—“Nana Caymmi Canta Tito Madi”, que sai agora pela Biscoito Fino, e um com músicas de Tom Jobim, acompanhada de orquestra, que ela gravará para o Sesc a partir do próximo dia 15.

Parece o reaquecimento da carreira de uma das principais intérpretes do país, mas Nana diz que não é bem assim.

“Estou fazendo uma despedida sem ir embora. Saída à francesa. A vida que me resta, de uma senhora, quero viver em paz”, afirma. “Acordei pro mundo: não tenho muito tempo. Quero ouvir o que eu não podia ouvir. Criei três filhos sozinha. O pai ficou na Venezuela, fez outra família.”

Quer ouvir óperas, prazer solitário na família, pois nem Dorival Caymmi, amante de música clássica, gostava de canto lírico. A soprano Renata Tebaldi é sua paixão maior.

“Mostrei pra Dori [seu irmão] e ele ficou de pau na mão. Falei: isso aí é que é cantar!”, anima-se, mas sem saber para quem deixará seus discos do gênero. “Minhas filhas são ignorantes em ópera. Nunca tive um marido que gostasse. Uns merdas.” Ela não confirma se foram dez maridos. Prefere dizer que “foi uma porrada”.
Em 71 minutos de entrevista à Folha, Nana falou 89 palavrões. É o seu jeito. Não foge de nenhum assunto, nem mesmo política, em que destoa do coro dos colegas artistas. Ela votou em Jair Bolsonaro no segundo turno.

“É injusto não dar a esse homem um crédito de confiança. Um homem que estava fodido, esfaqueado, correndo pra fazer um ministério, sem noção da mutreta toda… Só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar. Agora vêm dizer que os militares vão tomar conta? Isso é conversa de comunista. Gil, Caetano, Chico Buarque. Tudo chupador de pau de Lula. Então, vão pro Paraná fazer companhia a ele. Eu não me importo.”

Uol

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